Prologo alternativo para o primeiro livro da trilogia de Estalinegrado – parte 3/4

Podem ler a primeira parte do conto aqui e a segunda aqui. ― Bom dia, mein Führer! ― Responderam em coro, dobrando ligeiramente os joelhos e inclinando suavemente a cabeça. A cabeça de Klara estava num turbilhão. Era provavelmente o momento mais importante da sua vida, ia finalmente conhecer o homem que prometera colocar a Alemanha no lugar onde merecia. As mudanças já tinham começado, a economia crescia sem parar, e outras nações começavam novamente a respeitar a pátria enquanto algumas a temiam. Será que ele a iria cumprimentar, ou limitar-se-ia a passar à sua frente? De que modo deveria […]

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Prologo alternativo para o primeiro livro da trilogia de Estalinegrado – parte 2/4

Podem encontrar a primeira parte aqui.   Nada digno de nota aconteceu. Passados alguns minutos, as secretárias voltaram para os seus postos desapontadas. Todas tentaram retomar o trabalho, umas de maneira mais séria que outras, mas nenhuma conseguiu ser produtiva devido à tensão do momento. Klara tinha entrado na empresa há apenas alguns meses. Por ser a mais nova, e ao contrário das suas duas irmãs, ela pudera frequentar a escola e aprender a ler e a escrever. Ajudara a mãe nas tarefas domésticas até aos catorze anos e, mais tarde, trabalhara como ama em casas de famílias mais ricas, […]

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Prologo alternativo para o primeiro livro da trilogia de Estalinegrado – parte 1/4

Março de 1936   Os murmúrios das secretárias extinguiram-se subitamente quando um silêncio pesado e tenso instalou-se. A mudança sobressaltou Klara. Ela pousou as cartas na secretária e deixou de olhar através da janela. Ouviam-se passos no corredor, alguém devia estar prestes a entrar na sala. Tentou voltar ao trabalho pegando novamente na carta que estava no topo. Nesse momento, o patrão entrou no escritório pela porta traseira. ― Bom dia, senhor Krupp! ― Saudara-o a meia dúzia de secretárias quase em coro, esboçando um sorriso. ― Bom dia meninas! ― Respondeu-lhes Gustav num tom amigável, visivelmente satisfeito por ver […]

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Ensaio sobre o futuro de Portugal, do seu povo e da sua cultura – parte 7/7

A primeira parte está disponível aqui. A sexta parte deste ensaio pode ser encontrada aqui. Educação   Em Portugal, a educação tornou-se mais acessível durante os últimos cem anos ao ponto de se ter tornado obrigatória para todos. Todavia, a qualidade da mesma fica aquém das reais necessidades. A educação é servida como qualquer outro bem ou serviço, de uma forma impessoal e distante. Sendo que a educação interfere em períodos críticos da formação de valores e personalidade, a sua influência não deve ser desprezada. Várias imperfeições afectam severamente a qualidade e utilidade da educação, hoje em dia. Pretende-se passar o maior […]

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Ensaio sobre o futuro de Portugal, do seu povo e da sua cultura – parte 6/7

A primeira parte está disponível aqui. A quinta parte pode ser encontrada aqui. Sociedade A sociedade transformou-se enormemente no último século. Questionaram-se práticas seculares, a própria organização da sociedade e prometeram-se direitos a todos. Infelizmente, a maioria dessas alterações não tiveram uma repercussão global, sendo que apenas alguns beneficiaram das mesmas. A maioria da população nem sequer sabe da sua existência e outros apenas as olham como algo impossível de acontecer. Em 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas criou um documento intitulado Declaração Universal dos Direitos Humanos, um documento notável que define os direitos fundamentais do Homem. Nunca antes tinha […]

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Ensaio sobre o futuro de Portugal, do seu povo e da sua cultura – parte 5/7

A primeira parte está disponível aqui. A quarta parte pode ser encontrada aqui. Pensamento   A capacidade de pensamento crítico sofreu um declínio durante o último século. Como já referi, a disponibilidade de informação não parece contribuir para uma abertura de horizontes. É claro que a educação contribui de maneira decisiva para a castração do pensamento, contudo, o tema da educação será abordado mais à frente. A religião, com os seus dogmas; a cultura, com a sua massificação; a sociedade com a sua alergia à mudança e a educação, com sua componente fortemente cartesiana, contribuem para o adormecimento das mentes, anestesiando-as […]

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