Podem encontrar a primeira parte aqui e a terceira aqui. O seu coração batia descompassadamente face à antecipação. Um nervoso miudinho tinha-se apoderado dela, nervoso esse que cresceu com cada passo que ele dava na sua direcção, ao ponto de estremecer involuntariamente quando ele lhe pegou na mão. Não conseguiu evitar corar ainda mais. O aperto de mão era firme, sem magoar, mas ao mesmo tempo caloroso. Ela sorriu desastradamente, e ele devolveu-lhe um sorriso caloroso, enquanto acenava afirmativamente com a cabeça. A outra mão juntou-se à dela, de modo a reforçar o que pareceu a Klara uma bênção […]
Prologo alternativo para o primeiro livro da trilogia de Estalinegrado – parte 3/4
Podem ler a primeira parte do conto aqui e a segunda aqui. ― Bom dia, mein Führer! ― Responderam em coro, dobrando ligeiramente os joelhos e inclinando suavemente a cabeça. A cabeça de Klara estava num turbilhão. Era provavelmente o momento mais importante da sua vida, ia finalmente conhecer o homem que prometera colocar a Alemanha no lugar onde merecia. As mudanças já tinham começado, a economia crescia sem parar, e outras nações começavam novamente a respeitar a pátria enquanto algumas a temiam. Será que ele a iria cumprimentar, ou limitar-se-ia a passar à sua frente? De que modo deveria […]
Prologo alternativo para o primeiro livro da trilogia de Estalinegrado – parte 2/4
Podem encontrar a primeira parte aqui. Nada digno de nota aconteceu. Passados alguns minutos, as secretárias voltaram para os seus postos desapontadas. Todas tentaram retomar o trabalho, umas de maneira mais séria que outras, mas nenhuma conseguiu ser produtiva devido à tensão do momento. Klara tinha entrado na empresa há apenas alguns meses. Por ser a mais nova, e ao contrário das suas duas irmãs, ela pudera frequentar a escola e aprender a ler e a escrever. Ajudara a mãe nas tarefas domésticas até aos catorze anos e, mais tarde, trabalhara como ama em casas de famílias mais ricas, […]
Prologo alternativo para o primeiro livro da trilogia de Estalinegrado – parte 1/4
Março de 1936 Os murmúrios das secretárias extinguiram-se subitamente quando um silêncio pesado e tenso instalou-se. A mudança sobressaltou Klara. Ela pousou as cartas na secretária e deixou de olhar através da janela. Ouviam-se passos no corredor, alguém devia estar prestes a entrar na sala. Tentou voltar ao trabalho pegando novamente na carta que estava no topo. Nesse momento, o patrão entrou no escritório pela porta traseira. ― Bom dia, senhor Krupp! ― Saudara-o a meia dúzia de secretárias quase em coro, esboçando um sorriso. ― Bom dia meninas! ― Respondeu-lhes Gustav num tom amigável, visivelmente satisfeito por ver […]