O Pinheiro de Natal

Ouviu a voz pela primeira vez ao encinhar as bicas. Raul ergueu-se apoiado no encinho, olhando em volta. Estava certo que não havia ninguém por ali. “Devo estar a imaginar coisas” concluiu, dobrando-se para juntar o resto das agulhas que jaziam debaixo do pinheiro manso no quintal da avó. A árvore fora plantada pelo avô há quase uma década e já tinha a altura de duas pessoas. O dia estava solarengo e nessa noite noite poderiam usá-las para apeirar o fogo no borralho. Com a forquilha, encheu o carro-de-mão. — Espero que tenhas um bom Natal — ouviu. O seu […]

Continue Reading