Um mês, 50 mil palavras e uma ezine! Autores: Ana Filipa Ferreira, Ana C. Nunes, Claudia Silva, Tomás Passeiro, Adoa Coelho, Marcelina Leandro, Alexandra Rolo, Leonor Ferrão, Hélder de Castro, Rui Leite, Diana Sousa, Inês Montenegro, Rafaela Ferreira, Ambar van Slooten, Álvaro Holstein Sinopse: Nanozine extra especial dedicada ao NaNoWriMo com textos dos participantes do NaNoWriMo portugueses. Contém diversos artigos sobre o que é que os NaNoNinjas fazem durante Novembro, que incluiu chapéus, chocolate quente e 50 mil palavras. Ligação do Goodreads Ligação para descarregar esta ezine gratuitamente Visto que esta edição não contem ficção, irei comentar cada um dos artigos […]
O Fruto Proibido – Parte 2/2
A primeira parte do conto está disponível aqui. O navio a vapor cruzava o imenso oceano que dividia os dois continentes. No convés, embalado pelo mar, a mente do cientista divagava no imenso espaço dos pensamentos. Tentou concentrar-se, pois queria de tomar uma decisão. Não tinha dúvidas que a tecnologia descrita no livro mudaria o mundo. Com ela podia produzir quantidades imensas de energia e a dependência do carvão terminaria. Acreditava que, depois de quinhentos anos de inquisição tecnológica, o mundo merecia uma idade dourada. Contudo, ignorar as prescrições tecnológicas podia colocar a civilização num estado em que se destruiria a […]
O Fruto Proibido – Parte 1/2
Humberto estava nervoso. Impaciente, esperava que os engenheiros a abrissem, relembrando a sua chegada à Ibéria duas semanas antes. Naquelas terras selvagens havia caminhado durante quatro dias antes de o grupo encontrar a cidade. Muitas expedições haviam passado por ali no entanto, nenhuma havia investigado a vegetação a fundo. Os especialistas obrigaram-no a recuar. Iriam usar o último recurso para abrir a porta blindada. O entusiasmo inicial havia-se desfeito quando encontraram as ruínas dos subúrbios. A metrópole havia sido varrida por uma explosão termo-nuclear e volvidos cinco séculos, somente os restos das fundações poderiam interessar aos escavadores de relíquias inúteis. […]
A alergia
Faltavam cinco minutos para a meia-noite quando Roberto acabou de armar a bomba. Desprendeu o recipiente de latão cheio de um líquido amarelo com tons esverdeados, que ficou num equilíbrio precário em cima de uma das barras laterais. Limpou o suor da testa e beijou o anel que trazia no dedo. Ajeitou o fato, colocou a cartola e afastou-se da ponte de ferro cruzado. Àquela hora só os bêbados e as prostitutas percorriam a cidade, por isso, não achou que houvesse o risco de ser reconhecido mais tarde. Que sociedade mais decadente, pensou, sabia que cada um daqueles homens era […]