Prontos para mais um voltinha pela física?
A luz à volta do buraco negro é devida ao disco de acreção, ou seja, da matéria e luz que está a ser sugada para o buraco negro. O que vemos acima e abaixo do disco é a parte traseira do disco, que é visível devido ao efeito de lente gravitacional.
Partindo da imagem anterior, foi assumido que o buraco negro estaria a rodar a uma velocidade mais baixa do que a necessária para causar as dilatações temporais descritas no filme para evitar que a renderização ficasse demasiado confusa, criando múltiplos discos de acreção, que, segundo os autores do artigo, poderia confundir a maioria dos expectadores. Foram acrescentados os desvios de cor e luminosidade causados pelo efeito de Doppler. O resultado foi:
De notar que o lado direito está mais avermelhado do que o esquerdo, para além de que o esquerdo é mais luminoso. A razão prende-se com o facto de o disco estar a rodar no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, o causa efeito de Doppler e diferenças de luminosidade. Para terminar, foi acrescentado o efeito de lens flare, que tornou a imagem muito mais brilhante, como se tivesse sido filmada com uma câmara real.
O resultado é um buraco negro capaz de agradar tanto aos que procuram realismo como os que gostam apenas de bons efeitos especiais. Todos os filmes de ficção cientifica deviam usar físicos, não acham?
Leiam a terceira parte aqui.